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NARRADORES MACHADIANOS

  • Karen, Camilla, Guilherme e Fernando
  • 8 de nov. de 2016
  • 2 min de leitura

Machado de Assis é, sem dúvida alguma, um ícone da literatura brasileira. Diante das inúmeras obras do escritor podemos destacar algumas bem famosas como: “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “Dom Casmurro”, “A mão e a Luva” e “Quincas Borba”.

Os narradores machadianos têm um perfil próprio. Muitas vezes apresentam marcas como a ironia, que aparece no livro Memórias Póstumas de Brás Cubas “Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis”. Em geral os livros de Machado se apresentam na 1ª pessoa do singular, sendo o narrador personagem importante da historia. Tendo como foco o livro “Quincas Borba”, podemos notar que há uma diferença nesse quesito. O narrador nesse livro apresenta os fatos na 3ª pessoa do singular. Ele não é personagem importante da história mas mesmo assim participa em vários momentos dela, ou seja, é um narrador onisciente. Sendo Quincas Borba uma excelente narrativa, podemos destacar três pontos importantes do narrador dessa obra: ele é intruso, pessimista e irônico.

Durante diversas passagens do livro podemos ver presentes as marcas principais do narrador de Quincas Borba. Como ele é intruso, ele dialoga com os leitores em diversos momentos, mostrando sua presença e trazendo certa proximidade. Na página 45 do livro vemos um exemplo claro disso “Tudo isso passava agora pela cabeça do Rubião, depois do café, no mesmo lugar em que o deixamos sentado, a olhar para longe, muito longe”. Outra passagem do livro em que isso ocorre é na página 145, onde podemos ver mais uma vez a interferência do narrador em 1ª pessoa “Aqui é que eu quisera ter dado a este livro o método de tantos outros, - velhos todos, - e que a matéria do capitulo era posta no sumario: ‘De como aconteceu isso assim, e mais assim’”.

Dando continuidade à leitura, encontramos alguns trechos em que o narrador nos mostra sua face pessimista. Logo no início do livro entre as páginas 26 e 28 vemos a explicação da teoria da Humanitas, defendida por Quincas, onde a conclusão baseia-se em apenas uma frase “ao vencedor as batatas”. Na página 156 e 157 vemos outro exemplo claro de pessimismo “Pois não era melhor sonhar que chorar? Os sonhos acabam ou alteram-se, enquanto que os maus maridos podem viver muito”.

Por fim, encontramos na página 163 uma passagem que nos mostra como o narrador se apresenta com caráter irônico: “Sofia não foi a bordo, adoeceu e mandou o marido. Não vão crer que era pesar nem dor; por ocasião do casamento, houve-se com grande discriminação, cuidou do enxoval da noiva e despediu-se dela com muitos beijos chorados”.

Depois da análise feita podemos observar que o narrador do livro é um tanto quanto diferente e, com certeza, muito interessante de ser observado.

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Criado por: Leonardo, Luccas e Pedro M.
Professora: Débora Finamore
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